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Netvasco - 25/09 - 02:45 - Vasco conta com força de Régis para vencer

A conclusão é simples: prevendo um 2004 tão ruim ou pior do que 2003, o Vasco precisa renovar seu time para o ano que vem. Com o aval da diretoria, a comissão técnica ativa hoje, às 20h30m, contra o Coritiba, o plano de rejuvenescer a equipe e baratear os custos. Com um meio-campo formado todo por jovens, o Vasco aposta esta noite num lampejo cada vez mais raro de Edmundo e acima de tudo na força de Régis Pitbull.

Reconhecendo o fracasso que foi investir em medalhões veteranos, a diretoria e o técnico Mauro Galvão resolveram apostar fundo numa equipe renovada, em que apenas Régis, com 27 anos, e Edmundo, com 32, estão acima da média dos outros que estarão em campo esta noite, em São Januário. Com 39 pontos, é na obstinação do pitbull Régis que está depositada boa parte das chances de vitória sobre o terceiro colocado do Brasileiro (56 pontos).

— Sempre fui teimoso, sempre consegui o que queria. Mas nunca pisei em ninguém — diz Régis.

Mas nem sempre tudo foi tão simples e feliz. O atacante não gosta de falar e diz que prefere conversar sobre o momento bom que está vivendo no Vasco. Ele marcou apenas um gol até agora, mas com empenho conquistou seu espaço. Disposto a esquecer os meses de sofrimento por causa da suspensão que cumpriu ao ser flagrado no exame antidoping por uso de maconha, em 2001, Régis confessa que o assunto não o deixa à vontade .

— Não gosto de falar sobre isso. Nem acho que seja o caso de fazer como o Giba, que falou sobre o assunto e ninguém tocou mais nisso. Ele é do vôlei, branquinho, bonitinho. Eu sou negro e jogador de futebol, que para a sociedade só quer saber de noitadas, bebida, mulheres e carros novos. Eu estou fora dessa. Errei, assumi e paguei. Foi aí que vi que não tinha um amigo e passei a dar valor à minha família, a quem esteve do meu lado quando tudo aconteceu. Hoje, quero esquecer e me dedicar ao meu trabalho e ao meu filho Rickson Denner — diz Régis, que deu ao herdeiro o nome do amigo Dener, jogador do Vasco morto num acidente de carro na Lagoa Rodrigo de Freitas.

Régis, que fez um bom treinamento ontem, quando atuou mais avançado, é desconfiado, mas não alienado. Fala com desenvoltura sobre assuntos complexos como má distribuição de renda no Brasil, problemas de pobreza e fome. Porque viu tudo isso muito de perto.

— Sou um paulistano convicto que adora o Rio pela sua beleza natural, pelas praias e pela autenticidade de sua gente. A mistura de pobres com ricos nos mesmos bairros me atrai muito. Aqui você vale pelo que é, não pelo que tem. Mas também adoro a terra da garoa, não saio de Pirituba, onde minha mãe mora até hoje, numa casinha que comprei para ela. Dou muito valor a ela porque até aderir aos sem-terra, para tentar um terreninho onde morar, ela aderiu quando eu era criança. Tudo para poder nos sustentar, a mim e minhas irmãs. Meu pai saiu de casa cedo e ela enfrentou uma barra pesada. É, a famosa dona Ana de Pirituba, que foi servente e merendeira de escola pública, merece.

Régis sabe que sua tarefa no time do Vasco hoje não é fácil. Depender de um meio-campo todo formado por jovens não é fácil, mas ele aposta no sucesso. Hoje, não tem a ajuda de Donizete, que seria barrado e apareceu com dores lombares.

— Estou num bom momento e espero retribuir isso ao clube que abriu as portas para mim.

Fonte: O Globo on line




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