Netvasco - 30/01 - 04:04 -
Estrutura do Bragantino assusta jovens vascaínos
O nome Bragalhau lembra o sugestivo prato da cozinha portuguesa. Mas o real significado da aliança entre Bragantino e Vasco tem gosto de arroz com salsicha e faz qualquer prata da casa vascaíno ter náuseas quando incluído na lista de reforços do clube paulista e, sob obrigação, tem de viajar para Bragança Paulista. Os motivos: a falta de estrutura do clube e o fato de disputar a Série A-2 do Paulista e a Terceira Divisão do Brasileiro.
Se no patamar patronal - entre o presidente Eurico Miranda e o presidente do Bragantino, Marcos Chedid - tudo está às mil maravilhas, na camada inferior - os jogadores - não pode se dizer o mesmo. Logo após tomarem ciência de seu destino, alguns juniores do Vasco foram flagrados pelo LANCE! desiludidos em São Januário na tarde de terça-feira.
Não é para menos. Os relatos da vida cruel na Terra da Lingüiça assustam. No ano passado, Léo Macaé, Siston e Bruno Leite foram. Logo voltaram. No acordo deles, o Bragantino pagaria os salários. Não pagou. Desta vez, pelo menos, o Vasco vai arcar com os salários dos jogadores que têm contrato firmado até dezembro.
Mas é bom os novos integrantes do Bragalhau prepararem também o estômago. Durante a pífia campanha na Segundona do Brasileiro, no almoço antes de um jogo o prato servido foi arroz com salsicha. A cozinha da concentração fechou numa sexta-feira e só reabriu na terça-feira.
Os dormitórios dispensam comentários. A falta de estrutura total fez o técnico Jaílson deixar o Bragantino em 2002, deixando o cargo para Ernesto Paulo. Telefones e fax foram cortados por inadimplência.
– Não se pode comparar a estrutura, mas assim, pelo menos, eles valorizam o que têm (o Vasco) – disse o supervisor vascaíno, Isaías Tinoco.
As principais queixas dos jogadores emprestados ao Bragantino
1) Alimentação: momentos antes de um jogo, o prato servido no almoço foi arroz com salsicha.
2) Concentração: está em péssimo estado. A cozinha chegou a fechar numa sexta-feira, sendo reaberta só na terça-feira.
3) Comunicação: com telefones cortados e sem fax, em 2002, a diretoria pôs um jogador suspenso para atuar.
4) Salários: jogadores deveriam receber do Bragantino e não viram a cor do dinheiro.
Fonte: Lancenet
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