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Netvasco - 20/08 - 02:57 - Judoca Sebástian Pereira mostra como ser guerreiro

Para Sebástian Pereira, uma das coisas boas do judô é que ele ensina o atleta a ser guerreiro. Dentro e fora do tatame. Antes de disputas importantes, Sebástian, que recentemente adicionou a medalha de ouro dos Jogos Sul-Americanos à sua coleção, gosta de ver “Gladiador”. “A gente sai pronto para a luta”, diz. A batalha não é só nas competições. O judoca — que no fim do mês participa, na Suíça, do Mundial por Equipes — precisa lidar com a dura realidade de um esporte com pouco reconhecimento: mesmo tendo na bagagem títulos como o de campeão mundial júnior e de bicampeão pan-americano, ele está há sete meses sem receber salário.

Nome completo: Sebástian Rafael Dias Pereira.

Data de nascimento: 17-7-1976.

Quando você começou a lutar judô? Aos 4 anos, por recomendação médica. Eu era hiperativo e minha mãe não me agüentava. Só comecei a tomar gosto pela coisa aos 12, antes apanhava em toda competição.

E quando ficou sério? Aos 13 anos, quando comecei a me destacar. No início treinava duas horas por dia. Hoje treino cinco.

Sobra tempo para outra coisa? Para a faculdade. Estou no 7 período de educação física na UFRJ. Comecei fazendo economia e depois mudei.

Você pensa em dar aula quando parar de competir? Montei minha primeira escolinha, em Belford Roxo, mas ainda não estou dando aula. Também estou montando um projeto social com a prefeitura de Paracambi para dar aulas para crianças da rede municipal. Mas o que eu quero mesmo é abrir um restaurante ou um bar. No futuro o judô será só um hobby.

Por quê? No Brasil, não se ganha dinheiro com o judô. O reconhecimento é pequeno, principalmente para professores e técnicos.

Você pensa em parar quando? Com 28, 29 anos, depois das Olimpíadas de Atenas, em 2004. Acho que tem que fazer bem feito. A partir dessa idade o rendimento do atleta começa a cair um pouco.

Deve ser difícil lidar com isso, né? Lógico. Você tem um nível e, de repente, percebe que não consegue render a mesma coisa e vê a garotada tentando tomar o seu lugar.

Além do judô, você pratica algum esporte? Não. Gosto de futebol, mas não jogo para não correr o risco de me machucar. Só jogo nas férias.

O que faz nas horas vagas? Namoro, vou ao teatro, ao cinema, saio para jantar... Boate, raramente.

Qual foi o último bom filme a que assistiu? “Gladiador” (de Ridley Scott). Amo esse filme. É dez! Já vi mais de dez vezes. Sempre que tem competição a gente vê e sai dali pronto para entrar na luta.

O que você tem ouvido ultimamente? “Cidade Negra acústico” e Djavan.

Diga um ponto positivo da sua profissão: A mensagem do judô, de humildade, de respeito, de ser batalhador, guerreiro mesmo. Não só no tatame mas também fora dele.

E um negativo: A falta de reconhecimento. Sou atleta do Vasco e estou há sete meses sem receber nada. Desde os 18 anos eu tinha a minha grana e agora preciso da ajuda dos meus pais para tudo. Chegar aos 26 anos e não ter nada é brabo... Mas não vou parar de rir por causa disso.

Não saio de casa sem: Meu celular. Quando o esqueço em casa parece que tem um vazio.

Aí, gente: Tenham um objetivo na vida e lutem por dele.

Fonte: O Globo on line




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