Netvasco - 11/04 - 03:47 - Rogério revela o segredo do basquete do Vasco

A vitória do Vasco sobre o Cocodrilos, da Venezuela, anteontem, por 104 a 90, no Rio, e a classificação para tentar o tricampeonato da Liga Sul-Americana de Basquete, levam a uma pergunta. Como uma equipe que perdeu oito atletas e luta com atrasos de salários continua a ser uma das melhores do continente?

Para Rogério, o segredo é a força do grupo:

— É um grupo que ganhou muitos títulos, pela superação e pelo espírito coletivo.

Recentemente, o Vasco ganhou quatro partidas seguidas na prorrogação, contra Hebraica, Fluminense, Cocodrilos (em Caracas) e Coc/Ribeirão Preto. No Nacional, em que também luta pelo tri, o Vasco sofreu duas derrotas em 19 jogos. É o quarto, com 36 pontos. O líder, Bauru/Tilibra, tem 37 pontos em 21 partidas.

As finais da Liga Sul-Americana serão em melhor de cinco, contra um argentino, o Libertad (que ganhou o primeiro jogo) ou o Estudiantes de Olavarría, atual campeão. A segunda partida será amanhã, no ginásio do Estudiantes. Se este igualar a série, a vantagem de fazer três dos cinco jogos finais em casa será do Vasco, que bateu o rival com 2 a 0.

O basquete é o esporte que mais títulos tem dado ao Vasco ultimamente. No masculino, foi campeão estadual em 1997, 2000 e 2001; campeão nacional de 2000 e 2001; bicampeão sul-americano em 1998 e 1999; e bi da Liga Sul-Americana, em 1999 e 2000. No feminino, ganhou este ano o bi estadual e a Liga Sul-Americana. Ganhara o Estadual-2000, Nacional-2001, e Eugênia Borer-2001.

Apesar disto, os elencos sofrem com atrasos salariais. No masculino, Rogério explicou que desde janeiro os atletas têm recebido o mês corrente, mas há uma dívida anterior. A saída do pivô Nenê, que foi tentar a sorte na NBA, a liga americana, vem representando uma perda, pelo que ele produzia e pelo prazo para contratações ter terminado.

— Ficamos quatro ou cinco jogos sem saber como atuar pela falta de um pivô — disse.

Nas últimas temporadas, saíram do clube Vargas, Demétrius, Charles Byrd, Aylton, Janjão, Diego, Nenê e Jefferson. Continuam Helinho, Manteiguinha, Rogério, Chuí, Jamison, Mingão e Sandro Varejão, além de juvenis.

Segundo Rogério, é necessário o apoio da torcida:

— Sermos chamados de heróis nos deixa felizes, porque somos profissionais, mas temos muito de amadorismo. Quando a torcida canta que o Vasco é o time da virada, é porque confia em nós.

O clube busca patrocínio até junho, quando o Vasco vai para o Challenge masculino, em Las Vegas (EUA). Amanhã, no feminino, pela Taça Cidade de Campos, o Vasco estréia contra o Unimed/Americana, às 18h30m.

Fonte: O Globo