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Netvasco - 29/12 - 04:04 - Rebeca Gusmão se firma na elite da natação brasileira

A nadadora vascaína Rebeca Gusmão diz que é uma pedra no sapato de seu técnico, Hugo Lobo. Nem tanto. Ela é uma das atletas mais talentosas do treinador do Vasco. Aos 17 anos, a brasiliense é uma das melhores velocistas (50 e 100m nado livre) da natação brasileira.

Rebeca foi uma das poucas a conseguir índice individual para o Mundial de piscinas curtas, em 2002, na Rússia. A equipe que vai à competição tem apenas nove meninas e já é um recorde. Esta será a maior delegação feminina do Brasil no torneio.

O País nunca teve tantas mulheres talentosas nas piscinas. E a garota rebelde e insolente, definição dela própria, faz parte deste grupo seleto. "Meu técnico diz que sou arrogante, mas eu só não levo desaforo pra casa", explica.

Rebeca confirmou seu índice nos 50m para o Mundial no último Troféu José Finkel. O tempo de 25s27 lhe garantiu o nono melhor tempo do mundo e uma vaga em Moscou. "No Mundial quero ficar entre as dez melhores. De repente, posso até disputar uma final", diz. No José Finkel, campeonato brasileiro de natação, Rebeca travou um duelo particular com a amiga Flávia Delaroli, do Flamengo. Nos 50m e 100m nado livre não há ninguém melhor que as duas no Brasil.

Em 2001, Flávia e Rebeca bateram quatro recordes nos 50m. "Cada uma bateu dois, então terminamos num empate de 2 x 2", brinca a nadadora. "Nossa disputa é só nas piscinas, fora delas somos superamigas, apesar de ela ser do Flamengo e eu do Vasco", afirma. O técnico Hugo Lobo, um dos mais respeitados da natação brasileira, aposta em Rebeca. Tanto que seu planejamento com a atleta vai até 2004, ano dos Jogos Olímpicos de Atenas.

Namoro? Só com as águas das piscinas

A vida de adolescente, Rebeca deixou para trás. A rotina da nadadora não deixa brecha nem para namoricos. "Quando que um garoto vai entender que eu não posso sair à noite porque treino de madrugada?", indaga. "Eu namoro mesmo é com a água", diz, resignada.

Os treinos são diários, geralmente oito mil metros na piscina, além da musculação e fisioterapia. Dependendo do treinamento, Rebeca cai na piscina de madrugada, às 4h e à tarde. Menor de idade, é o pai que leva e traz a filha dos treinos. "Ele é coruja, por isso faz sacrifício", garante.

O jeito de menina é só nos gestos. Com 1,78m e corpo moldado pela musculação e pela natação, Rebeca tem uma força incomum, o que chamou a atenção de seu treinador. "Quando era criança não sabia controlar a força. Quebrei nariz de colega no basquete sem querer", conta.

Aos 12 anos, foi treinar com Hugo Lobo. "Virei velocista porque sou alta e forte. Quando se nada provas rápidas, a técnica é importante, mas a força é essencial", diz.

Rebeca nada com o objetivo de ser uma campeã. "Acho que ainda hoje tem mulher que não vai para a natação com medo de ficar com ombros largos e braços fortes. Eu não tenho medo. Pra mim, isso é o de menos", garante.

Nadadora do Vasco da Gama, a brasiliense não recebe salários há 11 meses. "Todo mês é a mesma história, dizem que a gente vai receber e nada", diz. "Eu não nado por dinheiro, mas tem uma hora que você tem que fazer trabalho de nutrição, fisioterapia, musculação e tudo isso custa caro".

Mesmo assim, ela continua no clube carioca: "Como vou nadar por Brasília, se aqui não oferecem condições para nós competirmos?"

Fonte: Jornal de Brasília




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