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Netvasco - 28/10 - 08:13 - Situação de Vasco e Flu em 2000 era muito diferente

''Amanhã vai ser outro dia.'' Foi com esse coro que o tricolor Chico Buarque começou, em plenos anos de chumbo, a canção-recado-cifrado Apesar de você, para o então general-presidente Médici. Hoje, a frase vale também para a transformação em um ano que tiveram Fluminense e Vasco. Os dois clubes - o primeiro em sexto lugar, com 34 pontos ganhos, e o segundo em décimo sexto, com 25 -, que se enfrentam hoje, às 17h, no Maracanã, trocaram de posições em relação ao Campeonato Brasileiro de 2000.

O Fluminense até começava a dar mostras de reação após retorno da amarga Terceira Divisão, mas ainda enfrentava alguns problemas de caixa, que se refletiam na irregularidade do time. O Vasco, a todo vapor com um contrato assinado com o Nations Bank através da Vasco da Gama Licenciamentos, tinha propaganda na camisa. E além de Romário, Juninho Paulista e Euller, contava com Juninho Pernambucano, Pedrinho, Júnior Baiano, Clebson e Jorginho Paulista. No banco, tinha até Viola. Foi campeão brasileiro e da Copa Mercosul. O Fluminense acabou eliminado pelo recém-surgido azarão São Caetano, em pleno Maracanã.

Nada, porém, irritava mais um tricolor do que as provocações de Eurico Miranda às vésperas do clássico. ''Se ganhar do Fluminense, não pago bicho. E se perder, desconto no salário'', tripudiava sempre o presidente do Vasco. Hoje, Eurico defende-se de CPI, não tem mais parceiro - e, por tabela, propaganda na camisa -, está cheio de dívidas, perdeu jogadores como Juninho Pernambucano e enfrentou esta semana ameaça de alguns jogadores de entrar em greve devido aos salários atrasados.

Modelo - David Fischel, ao contrário, recuperou a auto-estima do Fluminense, equilibrando as finanças e renovando contratos com jogadores dentro das reais condições. ''O clube tem de ser respeitado não somente pelo que tem feito dentro de campo, mas também pela seriedade que o clube adquiriu. Há três anos, o time era despejado de um hotel duas estrelas. Hoje, concentra seus jogadores em um de cinco estrelas. Isso diz muito sobre o momento do time. O Fluminense deixou de ser um clube humilhado para se tornar modelo'', diz Fischel, favorito absoluto à reeleição para o próximo triênio, que garante ter engatilhada parceria com a empresa de marketing UFA e mais outro contrato, transformando o Fluminense em clube-empresa no próximo ano - em que comemora o centenário.

Com folha salarial mensal de R$ 1,3 milhão divididos a 32 jogadores, o Fluminense não atrasa salários, segundo a diretoria, desde o fim de 1999. E a crise que atormenta o Vasco desde janeiro o faz tentar seguir os caminhos do rival. No início do ano passado, o futebol gerava despesa mensal de R$ 2,3 milhões, em tempos de Romário e Edmundo. No segundo semestre, os gastos foram reduzidos para R$ 1,8 milhão. No primeiro semestre deste ano, com o fim da parceria, o clube - a quem é cobrada dívida de R$ 80 milhões pela VGL e quase R$ 50 milhões de ex-jogadores que brigam por causas trabalhistas na Justiça - cortou ainda mais os custos, promovendo ex-juniores e dispensando jogadores caros, como Viola. Até se aproxima do Fluminense, mas ainda tem salários altos entre os seus 32 jogadores, como os de Romário (R$ 450 mil), Juninho Paulista (R$ 150 mil) e Euller (R$ 150 mil). E paga caro pelos erros anteriores.

Virada - O teto tricolor é do astro Roger, que foi negociado para o Benfica mas voltou ao Fluminense por empréstimo - estima-se que o salário do meia seja de R$ 120 mil mensais. Já sem a lembrança de novembro de 1998 - quando 10 jogadores que moravam no Hotel Paysandu foram despejados por causa de dívida de R$ 70 mil e as bagagens ficaram retidas pelo hotel, como garantia, e os jogadores foram parar em Xerém, nos alojamentos das divisões de base -, Roger faz um balanço com a tranqüilidade de quem agora se hospeda num hotel como o Sheraton. ''Antes, enfrentamos sérios problemas, teve a história da Terceira Divisão... A campanha do ano passado foi até surpreendente pros outros. Éramos uma incógnita. Este ano, não. Já éramos equipe ascendente. Não somos mais surpresa. As provocações até dão charme, levam mais público, mexem com a auto-estima dos jogadores.''

Do lado vascaíno, o atual técnico, Paulo César Gusmão, reconhece o melhor momento vivido no campo pelo clube que já defendeu e foi campeão estadual em 1995, como treinador de goleiros de Joel Santana. ''Eles vivem momento melhor, sem dúvida. O time está bem armado, forte, com moral.'' Mas o fã de Oswaldo de Oliveira, com quem trabalhou no Corinthians e no próprio Vasco, considera um engano alguém pensar que os problemas fora de campo influam no desempenho de um atleta na partida. ''Nada disso. Todo indivíduo tem uma capacidade de superação. As coisas aparecem na vida para você superar.''

E dá o exemplo do Fluminense de 1995. ''Também tínhamos muitos problemas e fomos campeões com o gol de barriga do Renato. E tenho certeza de que assim agirá o elenco do Vasco.'' Chico Buarque pode servir de exemplo para o rival também.

O Vasco hoje

Elenco de 32 jogadores profissionais:

3 goleiros
5 zagueiros
7 laterais
7 volantes
4 apoiadores
6 atacantes

- A folha salarial da equipe está perto de R$ 1,5 milhão/mês.

- O atacante Romário recebe o maior salário - R$ 450 mil por mês. É seguido por Juninho Paulista e Euller, que ganham R$ 150 mil cada um.

- O clube, hoje, deve dois meses. Mas os direitos de imagem de Romário, Juninho Paulista e Euller já passam dos sete. Só Romário tem a receber R$ 8 milhões.

- O presidente Eurico Miranda, eleito este ano, sofre pressão da CPI do Senado e agora da oposição do clube, que entrará na Justiça com ação de impeachment. O contrato com o Nations Bank/VGL foi desfeito, e o ex-parceiro quer ressarcimento de R$ 80 milhões. Jogadores como Juninho Pernambucano, Edmundo e Júnior Baiano entraram com ação trabalhista pedindo passe livre e indenizações que somam quase R$ 50 milhões.

O Fluminense hoje

Elenco de 32 jogadores profissionais:

3 goleiros
5 zagueiros
5 laterais
5 volantes
7 apoiadores
7 atacantes

- A folha salarial da equipe é de R$ 1,3 milhão.

- O apoiador Roger, emprestado pelo Benfica, de Portugal, até junho de 2002, recebe o maior salário do time. É seguido por Roni e Magno Alves. O clube informa apenas que os salários estão ''dentro do mercado'', mas não dá números. Estima-se que Roger receba R$ 150 mil por mês.

- O clube não atrasa um mês sequer de salários desde 1999. Os funcionários recebem impreterivelmente todo dia 5. O dos jogadores demora um pouco mais, mas sai sempre antes que algum deles reclame.

- O presidente David Fischel, favorito absoluto à reeleição para o próximo triênio, garante ter engatilhada parceria com a empresa de marketing UFA, e mais outro contrato, que transformaria o Fluminense em clube-empresa no próximo ano.

- Vai comemorar o centenário com as contas em dia.

Fonte: Jornal do Brasil




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